quarta-feira, 10 de abril de 2013

A MEGA INDUSTRIA LEITEIRA

 O text abaixo descreve uma cruel realidade e faz parte do acervo www.slowfoodbrasil.com

Como estamos em plena campanha em favor dos queijos de leite cru, e quem fala de queijo fala de leite, achei apropriado traduzir esse artigo de autoria de Jim Wickens, publicado pelo periódico francês Courrier International em 2010 (http://www.courrierinternational.com/article/2010/12/02/triste-comme-une-vache-dans-une-usine-laitiere) a partir de um original do The Ecologist. O texto, que critica a mega indústria leiteira norte americana, toca num conflito maior que opõe alimento industrializado versus alimento artesanal. Vamos a ele:
Longe das luzes brilhantes e dos grandes circuitos turísticos que a Califórnia geralmente evoca, as colossais tetas da indústria leiteira norte-americana se concentram no Central Valley, vasta planície árida e pouco frequentada se estendendo da Serra Nevada até a costa californiana.
Trata-se do celeiro dos Estados Unidos, onde quantidades enormes de amêndoas, uvas e trigo são arrancados da planície morna numa extensão a se perder de vista. É igualmente aí que se encontram as maiores usinas leiteiras do planeta. Existe nesses lugares uma tal concentração de usinas de leite que o condado de Tulare conta, só ele, com 900.000 vacas produzindo cada ano mais de 1 bilhão de dólares de leite. Entretanto, assim como mostra a pesquisa conduzida pelo The Ecologist em colaboração com a World Society for the Protection of Animals, Central Valley se tornou igualmente o teatro de uma guerra silenciosa opondo pequenos produtores e militantes às grandes multinacionais que se instalaram na região.
Para os não iniciados, a descoberta de uma exploração leiteira gigante é um espetáculo impactante mostrando vastos estábulos abertos, montanhas de silagem, verdadeiras piscinas contendo milhões de litros de esterco e centenas de milhares de vacas resignadas. Após ter obtido uma autorização da parte de empregados indiferentes, nós partimos à descoberta desse universo ciclópico, mais próximo de uma usina e do trabalho em série que de uma fazenda. Ali se vêem filas de vacas titubeando sob o peso de suas tetas inchadas antes de entrar nas salas de ordenha automatizadas. É um ciclo ininterrupto e cotidiano que só para quando as vacas começam a produzir menos. Elas são então de novo inseminadas ou enviadas ao abatedouro; esgotadas e eliminadas depois de apenas alguns anos de vida na usina. As vacas das mega-fazendas leiteitas norte-americanas nunca verão um tufo de capim em toda a sua existência. Seu único momento de pausa, elas o passam embaixo dos abrigos poeirentos onde esperam pacientemente entre uma e outra ordenhas.
As vacas Holstein são a raça preferida das mega-fazendas leiteiras, sua carcaça alta contrasta vivamente com as enormes tetas cheias de veias que se balançam sob a barriga. Seu leite é de qualidade menor que o de outras raças e contém muito pus, mas esses animais de criação compensam esse defeito de qualidade pela quantidade: submetidas a três ordenhas por dia e bem cevadas de hormônios de crescimento e de antibióticos para lutar contra freqüentes infecções, as vacas dobraram sua produção de leite em apenas quatro anos.
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Essas fazendas gigantes fazem igualmente planar uma ameaça invisível sobre Central Valley onde se acumulam desde então grandes quantidades de gás produzindo uma neblina espessa e uma forte poluição atmosférica. De acordo com o American Lang Association (Associação Americana do Pulmão), a poluição gerada pela agricultura industrial “representa sérios riscos sanitários para as pessoas mais frágeis. As crianças, os adolescentes, os idosos, os que sofrem de asma, doenças pulmonares ou cardíacas crônicas, são os mais vulneráveis”. Não é por acaso que regiões agrícolas como Tulare ou Bakersfield mostram uma das taxas de ozônio e de finas partículas na atmosfera das mais elevadas dos Estados Unidos, ultrapassando às vezes a de uma cidade bastante poluída como Los Angeles, mais ao sul.
Albert Strauss, responsável por uma leiteria orgânica próspera, está na origem de um sistema alternativo visando criar uma corrente de produção leiteira mais ecológica na California. “Nós perdemos 55 leiterias por ano e, no decorrer dos últimos quarenta anos, o número de unidades diminuiu de 120 a 23 apenas no nosso distrito. É no mínimo grave. As fazendas gigantes se afastam cada vez mais da agricultura responsável e podem fazê-lo porque estão em posição dominante: elas representam as principais estruturas agrícolas dos Estados-Unidos. E quando a essência da produção de leite é controlada por gigantes, eles têm muito mais poder político”.
Buscando uma realidade completamente contrastante à acima descrita, me juntei em 2011 a um grupo do convivium Rio de Janeiro numa viagem de “exploração e reconhecimento” dos queijos artesanais de leite cru das Serras da Canastra e Salitre, em Minas Gerais. A região reúne milhares de pequenos produtores sobrevivendo graças a essa atividade aprendida com seus ancestrais, alguns poucos dentre eles, mais estruturados, vêm tentando se adaptar às exigências “higienistas” da legislação. O texto acima me fez pensar no contraste com Janio, o primeiro produtor que visitamos em sua pequena propriedade.
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Assistindo à ordenha no estábulo de terra batida, mas que dava uma incrível impressão de ordem e limpeza, vimos o produtor chamar cada uma de suas vacas pelo nome; obedientes, vinham até ele acompanhadas de seu bezerrinho (que, vindo de um outro cercado, também atendia ao chamado do nome da mãe), se deixavam ordenhar e saíam para dar lugar à próxima.
DSC casa queijo flou copyDepois da ordenha, a esposa do produtor cuidava da fabricação dos queijos de forma totalmente artesanal, essa divisão do trabalho familiar sendo repetida duas vezes por dia, todos os dias. Assim como a grande maioria dos produtores desta região, a casa onde são feitos o queijo é bastante simples, num padrão não reconhecido pela legislação sanitária, mas tudo muito asseado.
O soro que sobra da fabricação do queijo é utilizado para alimentação de galinhas e porcos. As galinhas e porcos da região são lindos e saudáveis, quase todos de raças caipiras quase em extinção em outros locais. Os ovos caipiras que provamos são deliciosos, assim como a carne de porco conservada na própria banha. O esterco das vacas é utilizado para adubar a horta e as lavouras próximas à casa, num circuito onde tudo se aproveita e a natureza não é poluída.
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Após a viagem, organizamos no Rio de Janeiro um evento de apresentação dela, que incluía a degustação de cerca de nove queijos que trouxemos de diversos produtores artesanais das duas regiões. O queijo da família do Janio foi considerado o melhor pelos cerca de 40 participantes: com a cura, tinha adquirido um sabor complexo e agradável como os demais, mas apresentava algo a mais. Perto deles, os três queijos industrializados que servimos a título de comparação revelaram sua total falta de sabor e de textura. Coincidência?
A conclusão dessa história volta ao título do artigo traduzido acima: triste como uma vaca numa usina de leite é também o sabor de um queijo industrializado...
Triste também é pensar que são os gigantes da produção de leite, como os descritos pelo mesmo artigo, que acabam definindo o teor da legislação sanitária em vigor. Esta condena os pequenos produtores artesanais à informalidade, ameaça a manutenção das práticas tradicionais de fabricação do queijo e impede os consumidores, principalmente dos grandes centros, de terem acesso aos queijos artesanais.

Denise Gonçalves é membro do Grupo de Trabalho sobre os Queijos Artesanais do Slow Food Brasil

Veganismo

Depois que me interessei pela maravilhosa arte da cozinha, muita coisa vem mudando, inclusive, meu paladar. Na verdade quando criança eu era bastante seletiva; acostumada com doces, estava constantemente envolvida em comer doce no cafe da manhã, no almoço, lanche e jantar (risos!), por essa simples preferência, eu não comia nada salgado ou, as vezes, quando comia, era até enjoar! Por exemplo: sopa de costela para o jantar! Até 8 dias eu queria essa sopa na mesa para jantar, até que no nono dia, torcia o nariz e ela saia do meu cardápio. Minha mãe não se importava muito, mas meu pai procurava me satisfazer comprando comida fora (as vezes funcionava), mas na grande maioria das vezes, eu não comia nada mesmo. Enfim, depois das filhas, marido, resolvi cozinhar e, passando por papinhas, sobremesas e pratos elaborados, enveredei por "mares nunca dantes navegados", a leitura me levou e fui indo..., até chegar ao slow food e agora pelo vegetarianismo.
Nesse contexto tenho a dizer a vocês que o que mais me incentivou foi a questão dos animais, não poderia mais continuar sendo parte dessa crueldade, inclusive depois que o meu neto me perguntou uma vez: "Vó você diz que ama os animais, então por que você come peixe?" Fiquei triste com a verdade que ele me apontou. Minha filha mais nova será minha companheira nessa jornada e de vez em quando, vamos postar receitas para que voc~e que visita este cantinho, possa conhecer como são gostosas e como podemos ser saudáveis sem atrocidades.
Hoje teremos torta salgada que encontrei no www.guiaveg.com.br, visitem lé tem muitas informações.

Ingredientes Massa

4 xícaras de farinha de trigo branca
3 xícaras de água
1/2 xícara de óleo
3 colheres de chá de fermento em pó
1 cubo de caldo de legumes
sal, orégano e pimenta a gosto
Modo de Preparo

Misture todos os ingredientes da massa no copo do liquidificador, reserve.
Ingredientes Recheio

1 lata de milho verde
1 lata de ervilha
1 tomate grande picadinho
2 xícaras de brócoli picadinho
2 colheres de sopa de cebola picadinha
azeitonas picadas a gosto
glutadela em cubinhos(pode usar salsicha vegetal) (opcional)
orégano, sal, pimenta e cheiro verde a gosto
Azeite
Modo de Preparo
Em uma panela, doure a cebola e em seguida acrescente a glutadela, em seguida o milho e a ervilha e em seguida os demais ingredientes, refogando-os por poucos minutos. Desligfue o fogo e deixe-os esfriar.
OBS: Não montar a torta com o recheio quente.
Montagem
Unte uma assadeira grande com óleo e farinha e despeje a metade da massa, depois espalhe o recheio por toda a forma, regue um pouco de azeite por cima e termine cobrindo o recheio com o restante da massa. Se quiser, pode salpicar gergelim por cima e pincelar shoyu e azeite por cima (Nessa receita da foto eu não pincelei e ficou bem clara a massa, portanto fica a dica).
Asse em forno pré-aquecido, 180ºC, por 40 a 50 minutos. (www.guiaverg.com.br)

Eco vilas um conceito atual

Quanta maldade!

Mães - Anjos de Deus!


Mães Morrem Quando Querem
Por Alexandre Pelegi

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva – foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão… Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho "mãe" se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado "avó". Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla…
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar… Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade…
"Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe. Naquela época eu não tive condições de ler o texto no ar, no que fui socorrido pelo meu amigo Irineu Toledo. Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães que habitam o céu."

Recebi via e-mail. Parabéns a todas as Mães!

Tricotando a vida

"A vida é como um tricô.Deus te dá a lã e as agulhasE te diz: Tricota o melhor que puder, um ponto de cada vez,Cada ponto é um dia na agulha do tempo.Depois de 12 carreiras de 30 ou 31 pontos,Terás 365 pontos,Em dez anos, cerca de 3650 pontos...Alguns são pelo direito, outros pelo avesso;;;Há pontos que se perdem...Mas que podemos recuperar...A lã que o bom Deus nos dáPara tricotar nossa existênciaÉ de todas as cores:Rosa como nossas alegrias, negra como nossos sofrimentos,Cinza como nossas dúvidas, verde como nossas esperanças,Vermelha como nossos amores, azul como nossos desejos,Branca como a fé que temos nele.Quantos pontos caberão no tricô de tua vida?Só Deus é quem sabe!
“Gastronomia é a arte de usar a comida para criar felicidade”
Krafft-EbbingMargarida Nogueira**

Adoro Cachorro!

Aos nossos filhos: aqueles a quem muito amamos

A filha dizia à Mãe como tudo ia errado. Ela não se saíra bem na prova de Matemática, ...O namorado resolveu terminar com ela e a sua melhor amiga estava de mudança para outra cidade.Em horas de amargura, a mãe sabia que poderia agradar a filha preparando-lhe um bolo. Naquele momento não foi diferente. Abraçou a filha e levou-a à cozinha, conseguindo arrancar da moça um sorriso sincero.Logo que a mãe separou os utensílios e ingredientes que usaria e os colocou na mesa, perguntou à filha:- Querida, quer um pedaço de bolo?- Mas já, mamãe? É claro que quero. Seus bolos são deliciosos...-Então está bem, respondeu a mãe. Tome um pouco desse óleo de cozinha!Assustada, a moça respondeu:- Credo, mãe! Que tal então comer uns ovos crus, filha?- Que nojo, Mãe!- Quer então um pouquinho de Farinha de Trigo ou Bicarbonato de Sódio?- Mãe, isso não presta! A Mãe então respondeu:- É verdade, todas essas coisas parecem ruins sozinhas, mas quando as colocamos juntas, na medida certa...Elas fazem um bolo delicioso!Deus trabalha do mesmo jeito. Às vezes a gente se pergunta por que Ele quis que nós passássemos por momentos difíceis, mas Deus sabeque quando Ele põe todas essas coisas na ordem exata, elas sempre nos farão bem.A gente só precisa confiar n'Ele e todas essas coisas ruins se tornarão algo fantástico! Deus é louco por você. Ele te manda flores em todas asPrimaveras...O nascer o Sol todas as manhãs...E sempre que você quiser conversar, Ele vai te ouvir!Ele pode viver em qualquer lugar do universo, e Ele escolheu o seu coração!
Encontrei aqui: http://sintonia106fm.blogspot.com/2008/03/lio-de-perseverana.html