Ferias Inesquecíveis - Capitulo II - O dia seguinte

Acordei muitas vezes naquela noite, não sei se pelo barulho do vento, do mar ou das palhas dos coqueiros açoitando o telhado, o fato é que não dormi muito bem; foram horas de insônia, cada vez mais ansiosa para o amanhecer. Do meu lado, minha prima dormia pesadamente também no sentido literal da palavra. Ela era muito engraçada; gordinha e branquinha, tão rosadinha e loirinha que parecia as minhas bonecas, mas briguenta e valentona; negar algo a ela era certeza de um ataque de fúria! Já o irmão dela, era diferente; amigo, companheiro, meu parceiro nas grandes aventuras..., pensei em acordá-lo, depois desisti - Amanhã cedo o sol vai nascer e logo vamos encontrar o mar - E assim foi, quando o sol despejou seus primeiros raios, meus olhos se abriram para testemunhar a despedida da lua e o início de mais um dia. Olhei pelas frestas do telhado e pude ver que o sol havia chegado; alguns sons vindos da cozinha indicaram que a casa estava despertando; corri para o banheiro, queria muito ver o mar! Engraçado como aquela casa, longe da cidade, de braços abertos para o mar, simples e rústica, era capaz de ser confortável. Ali tudo era comum, a pia, o sanitário e o chuveiro grande, no chão o piso era mosaico (ladrilho) formando um desenho esquisito, mas muito bonito, quase uma ilusão de ótica, dava tontura olhando mais atentamente... Depois do banho, encontrei todos já acordando e correndo para mesa do café que já estava pronta. -Ôpa! Sem escovar os dentes, NÃO! - Essa era minha tia e quando ela falava, não tinha jeito de não escutar, era muito alto! - Ahhhh! Eu não vou não! Tô com fome Ida! Meu irmão sempre dava um jeito de dobrar minha mãe e meu pai e sempre sentava na mesa do café, sem escovar os dentes. - Comigo não violão! Você só vai comer se escovar essa boca! Ele fez cara de choro, mas obedeceu; olhei para o meu primo e rimos disfarçadamente (rimos na barriga, como dizia uma amiga de infância), porque se ele percebesse, certamente iria pular em cima da gente feito um leão enfurecido.Depois que tomamaos o café, meu pai nos chamou na sala e falou: - Gente, vocês podem se divertir pra valer por aqui, mas nada de entrar na água sem que algum adulto esteja olhando, não vão para o fundo e ainda, não se afastem da casa! Agora podem ir, sua mãe vai com vocês, não desobedeçam! Daqui a pouco eu vou mergulhar também e não quero me aborrecer.
Eu nem sequer ouvi o fim da frase, nem sei se existiu um "vão!", corri o mais que podia sem olhar para trás; só sentia o vento suave e o cheiro de mar...! Que lembrança boa! Naquele dia, iamos e vinhamos muitas vezes da praia para casa, da casa para a praia, incansavelmente! Cada brincadeira durava o tempo de uma nova surgir na cabecinha de algum de nós. Foi incrível! A água formava, com a maré enchendo, uma pequena piscina sem ondas, uma linda cratera transparente, onde podiamos ver peixinhos e moluscos das mais variadas espécies; era rasa com a maré baixa, mas quando estava alta, escondia pedras esculpidas de pequenos buzios que podiam ferir, por isso, meu pai, quando chegou até a praia no final da manhã, com muito jeito, pois a brincadeira estava boa, nos advertiu sobre o perigo e nós, tratamos de obedecer. Mas ainda tínhamos tanto o que explorar, havia tanta vontade de brincar que o fólego chegava a faltar quando uma nova brincadeira era sugerida e seguimos com a mesma alegria para outro ponto da praia. Encontramos lindos búzios deixados na noite anterior pela mará alta; de todos os tamanhos e cores, caranguejos transparentes saindo dos buracos na areia, foi aí que entendi a expressão, "feito caranguejo", eles andavam para trás! Eram tantos! Cada buraquinho que encontrávamos, era só esperar e lá surgia um par de olhos escuros, saltando de uma de uma carcaça transparente, amarelada! E todo muno corria! Até o final da tarde, exaustos e felizes, haviamos percorrido e descoberto vários lugares "encantados" que marcamos e retornamos nos dias que se seguiram. Ainda sinto o cheiro da maresia... .

Eco vilas um conceito atual

Quanta maldade!

Mães - Anjos de Deus!


Mães Morrem Quando Querem
Por Alexandre Pelegi

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva – foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão… Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho "mãe" se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado "avó". Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla…
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar… Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade…
"Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe. Naquela época eu não tive condições de ler o texto no ar, no que fui socorrido pelo meu amigo Irineu Toledo. Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães que habitam o céu."

Recebi via e-mail. Parabéns a todas as Mães!

Tricotando a vida

"A vida é como um tricô.Deus te dá a lã e as agulhasE te diz: Tricota o melhor que puder, um ponto de cada vez,Cada ponto é um dia na agulha do tempo.Depois de 12 carreiras de 30 ou 31 pontos,Terás 365 pontos,Em dez anos, cerca de 3650 pontos...Alguns são pelo direito, outros pelo avesso;;;Há pontos que se perdem...Mas que podemos recuperar...A lã que o bom Deus nos dáPara tricotar nossa existênciaÉ de todas as cores:Rosa como nossas alegrias, negra como nossos sofrimentos,Cinza como nossas dúvidas, verde como nossas esperanças,Vermelha como nossos amores, azul como nossos desejos,Branca como a fé que temos nele.Quantos pontos caberão no tricô de tua vida?Só Deus é quem sabe!
“Gastronomia é a arte de usar a comida para criar felicidade”
Krafft-EbbingMargarida Nogueira**

Adoro Cachorro!

Aos nossos filhos: aqueles a quem muito amamos

A filha dizia à Mãe como tudo ia errado. Ela não se saíra bem na prova de Matemática, ...O namorado resolveu terminar com ela e a sua melhor amiga estava de mudança para outra cidade.Em horas de amargura, a mãe sabia que poderia agradar a filha preparando-lhe um bolo. Naquele momento não foi diferente. Abraçou a filha e levou-a à cozinha, conseguindo arrancar da moça um sorriso sincero.Logo que a mãe separou os utensílios e ingredientes que usaria e os colocou na mesa, perguntou à filha:- Querida, quer um pedaço de bolo?- Mas já, mamãe? É claro que quero. Seus bolos são deliciosos...-Então está bem, respondeu a mãe. Tome um pouco desse óleo de cozinha!Assustada, a moça respondeu:- Credo, mãe! Que tal então comer uns ovos crus, filha?- Que nojo, Mãe!- Quer então um pouquinho de Farinha de Trigo ou Bicarbonato de Sódio?- Mãe, isso não presta! A Mãe então respondeu:- É verdade, todas essas coisas parecem ruins sozinhas, mas quando as colocamos juntas, na medida certa...Elas fazem um bolo delicioso!Deus trabalha do mesmo jeito. Às vezes a gente se pergunta por que Ele quis que nós passássemos por momentos difíceis, mas Deus sabeque quando Ele põe todas essas coisas na ordem exata, elas sempre nos farão bem.A gente só precisa confiar n'Ele e todas essas coisas ruins se tornarão algo fantástico! Deus é louco por você. Ele te manda flores em todas asPrimaveras...O nascer o Sol todas as manhãs...E sempre que você quiser conversar, Ele vai te ouvir!Ele pode viver em qualquer lugar do universo, e Ele escolheu o seu coração!
Encontrei aqui: http://sintonia106fm.blogspot.com/2008/03/lio-de-perseverana.html